Era o
início do século XIX, dia 3 de outubro de 1804, quando na antiga cidade de Lyon
- França, nascia Hippolyte Léon Denizard Rivail...
“Kardec é o
hífen de luz unindo os repositórios sagrados de todas as gerações. O seu
esforço ainda é o trabalho permanente da evolução de toda a cultura humana no
Evangelho de Cristo”. (Chico Xavier)
PERANTE ALLAN KARDEC
Pelo
Espírito Emmanuel. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
Livro:
Irmãos Unidos. Lição nº 18. Página 95.
Disse o Cristo: “Há muitas moradas na casa do Pai”. Sem
Allan Kardec não perceberíamos que o Mestre relaciona os mundos que enxameiam
na imensidade cósmica, a valerem por escolas de experiência, nos objetivos da
ascensão espiritual.
Disse o Cristo: “Necessário é nascer de novo”. Sem Allan
Kardec, não saberíamos que o Sublime Instrutor não se refere à mudança íntima
da criatura, nos grandes momentos da curta existência física, e sim à lei da
reencarnação.
Disse o Cristo: “Se a tua mão te escandaliza corta-a;
ser-te-á melhor entrar na vida aleijado que, tendo duas mãos, ires para o
inferno”. Sem Allan Kardec, não concluiríamos que o Excelso Orientador se
reporta às grandes resoluções da alma culpada, antes do renascimento no berço
humano, com vistas à regeneração necessária, de modo a não tombar no sofrimento
maior, em regiões inferiores ao planeta terrestre.
Disse o Cristo: “Quem vier a mim e não deixar pai e mãe,
filhos e irmãos, não pode ser meu discípulo”. Sem Allan Kardec, não reconheceríamos
que o Divino Benfeitor não nos solicita a deserção dos compromissos para com os
entes amados e sim nos convida a renunciar ao prazer de sermos entendidos e
seguidos por eles, de imediato, sustentando, ainda, a obrigação de
compreendê-los e servi-los por nossa vez.
Disse o Cristo: “Perdoai não sete vezes, mas setenta vezes
sete vezes”. Sem Allan Kardec, não aprenderíamos que o Mestre não nos inclina à
falsa superioridade daqueles que anelam o reino dos céus tão somente para si
próprios, e sim nos faz sentir que o perdão é dever puro e simples, a fim de
não cairmos indefinidamente nas grilhetas do mal.
Disse o Cristo: “Conhecereis a verdade e a verdade vos fará
livres”. Sem Allan Kardec, desconheceríamos que o raciocínio não pode ser
alienado em assuntos da fé e que a religião deve ser sentida e praticada,
estudada e pesquisada, para que não venhamos a converter o Evangelho em museu
de fanatismo e superstição.
Cristo
revela.
Kardec
descortina.
Diante, assim, do Três de Outubro que nos recorda o natalício
do Codificador, enderecemos a ele, onde estiver, o nosso preito de
reconhecimento e de amor, porquanto todos encontramos em Allan Kardec o
inolvidável paladino de nossa libertação.